Como Psicoterapeuta, sou encantada com a jornada interna que uma pessoa faz para se tornar ela mesma e, pela minha experiência, todo processo de desenvolvimento que se limita à comunicação falada possui limitações.
Você pode saber que acredita não ser merecedor do sucesso que tem, ou ainda ter pensamentos recorrentes de que não é bom o bastante, e isso não ser suficiente para superar as travas comportamentais que eles podem apresentar na sua vida pessoal ou ainda no trabalho. É claro que saber importa, traz consciência e a linguagem é parte fundamental para nos apoiar na tarefa de nomear aquilo que está implícito por trás das sensações sentidas corporalmente.
Pela minha experiência como Psicoterapeuta e facilitadora de vivências do feminino, a consciência ajuda mas falta algo que só pode ser tocado quando acessamos o corpo. Assim, “querer não é poder” e essa foi também uma das coisas mais incríveis que aprendi no Appana, com a abordagem do Coaching Ontológico, e que pude experimentar na prática nos meus trabalhos através desse olhar que contempla o Corpo, as Emoções e a Linguagem.
Quando não racionalizamos e buscamos explicações lógicas para o que nos acontece, acreditamos na sabedoria do corpo de trazer à tona por meio do “Felt Sense”, da experiência sentida, a impressão que se forma quando ele chega em pontos internos desafiadores. É aqui que começa uma linda dança corporal onde acontece a renegociação interna que envolve a experiência real e a experiência sentida, aquela que é experimentada primeiro por nossas células e que talvez não esteja acessível facilmente à lógica humana.
Sentir é uma das capacidades mais incríveis que nós temos, mas também a mais difícil de ser traduzida. Nas vivências que realizo brinco que “alfabetizar o corpo através da percepção das sensações” e depois apoiar no processo de nomeá-las é, sem dúvida, o trabalho mais importante do processo de autoconhecimento.
Para quem deseja aprofundar nessa relação corpo-emoções, indico o livro O Corpo guarda as Marcas, de Bessel Van Der Kolk.
Jackeline Leal (Psicóloga, Terapeuta de Mulheres)