Dar às histórias um papel meramente utilitarista e informacional é o que transformou a arte de contar histórias (“storytelling”) em prática de vender ideias (“storyselling”). Com isso, vimos emergir a tendência à denúncia dessa estratégia de marketing com diversos termos: green, pink, black washing. A difusão de discursos, ações e propagandas sustentáveis que não se materializam na prática tende a continuar. Paralelamente a essa prática, vejo crescer (sou esperançosa) a valorização de histórias de impacto que provocam mudanças não só pela qualidade informativa como também pela estética e qualidade narrativa, como defende o artigo Como contar histórias reais sobre impacto, da Annie Neiman para a Stanford Social Innovation Review Brasil (2023).
Gerar encantamento é uma tendência na comunicação, pois reforça qualidades humanas de narrar: conexão com emoções, aprofundamento nos temas conectando dados “frios” (relatoria) com histórias mais íntimas que não estão na grande nuvem e arquivo virtual acessado por aplicativos.