Algumas empresas que oferecem cursos para formação de coaches estão, em última instância, entregando cursos que melhoram as habilidades dos alunos de venderem seu trabalho – no caso, o de coach – porém não estão ensinando as pessoas a fazerem processos de coaching.
O processo de coaching é um encadeamento de encontros que visa possibilitar ao cliente a ampliação de sua capacidade de ação por meio da aprendizagem, ou seja, quando um cliente contrata um profissional de coaching, o que ele deve receber é um espaço de uma conversa qualificada, cujo foco deve ser a questão que o levou a buscar um coach.
O que tenho percebido são profissionais sem possibilidades de atender uma outra pessoa pois nas formações que frequentaram, aprenderam (sob forte apelo emocional) a comprar e talvez a vender. Escutar, perguntar a partir do contexto do cliente, ampliar perspectivas… isso já é outra questão!
Existem coaches muito sérios que sabem que para trabalhar com gente é preciso muito mais do que “fórmulas prontas” que aparentemente funcionam sempre e para todos.
Somos seres únicos e singulares e as perguntas que funcionam bem em um processo podem não fazer o menor sentido em outro. Trabalhamos com gente e não com máquinas.
Você gostaria de ser atendido por um médico, dentista ou psicólogo que usasse um protocolo padrão de atendimento, entendendo que funciona com todo mundo do mesmo jeito?
Não se engane, não existem milagres ou fórmulas de sucesso que funcionem para todos. Se quer ser coach, percorra o caminho de uma formação profissional como muitas outras: aprendizado, estudo, prática, supervisão, auto-avaliação e reciclagem.
Saber vender é ótimo e ajuda, mas é preciso entregar o que se vende.
Por: Káritas Ribas